terça-feira, 15 de novembro de 2016

Discutindo o Jornalismo Online

Ismael Nafría, durante o Colóquio Iberoamericano de Jornalismo Digital, 
resume as lições aprendidas no ISOJ. Foto Mary Kan/Centro Knight.


O advento do mundo digital como uma extensão de nossa realidade analógica, concreta trouxe junto com suas facilidades e inovações, seus desafios. Esse universo infinito, atemporal e ubíquo existe em constante transformação exigindo versatilidade e rápida capacidade de adaptação para todos que trabalham e vivem nele.

Novas formas de existência, relacionamento e comunicação geraram novas linguagens e consequentemente, novas mídias e formas de jornalismo. A comunicação de massa ganha uma dinâmica diferente.

Nos dias 15 e 16 de abril desse ano, na cidade de Austin, Texas, aconteceu a 17ª edição do Simpósio Intenacional de Jornalismo Online (ISOJ, na sigla em inglês) onde foram discutidas importantes questões sobre os meios digitais.

O jornalista Ismael Nafría apresentou 14 lições ou conclusões que foram intensamente debatidas pelos participantes do simpósio.

Dentre eles, destaco algumas como a publicidade, tão evitada pelos usuários das redes que, geralmente, é vista como algo incomodativo se torna um dos maiores desafios uma vez que ainda é a principal via de renda e os móveis como um dos principais meios de acesso às notícias.
Você pode conferir todas as 14 lições e a reportagem completa feita pelo jornalista aqui.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Exposição sobre a tragédia de Mariana está em exibição na UNISUAM



Aconteceu, de 19 a 22 de outubro, a XIII Semana De Pesquisa, Extensão, Pós-Graduação e Inovação da UNISUAM. Com a temática Ciência cidadania, trouxe, entre outros, o trabalho desenvolvido por um grupo de pesquisadores do Mestrado em Desenvolvimento Local da UNISUAM sobre as consequências do rompimento da barragem do Fundão que destriu a cidade de Bento Rodrigues, em Minas Gerais.

O Dossiê Mariana contou com uma exposição de fotos e um documentário produzido pelos discentes com o material coletado em sua viagem de estudos para o local.

P
ouco mais de um ano se passou após uma das maiores tragédias ambientais que se tem notícia em nossa história, que devastou o distrito de Bento Rodrigues, no estado de Minas Gerais, fazendo 19 vítimas fatais, deixando mais de 300 famílias desabrigadas e sem nada, impossibilitando a pesca, atividade da qual vivam as populações ribeirinhas do Rio Doce, atingido pelo mar de lama tóxica que percorreu 550 km até chagar ao mar, estendendo os danos por tudo o que tocou nesse percurso.

Até o presente momento, nada foi feito para a recuperação do impacto ambiental causado pela catástrofe e nenhuma  habitação foi construída deixando todas essas pessoas vivendo em condições precárias tendo, somente, promessas. Segundo declaração publicada na revista Isto éAlvaro Pereira, da Fundação Renova, criada pela Samarco para coordenar ajudas e indenizações, diz que a construção será concluída até o início de 2019 e que 8.000 famílias ribeirinhas do Rio Doce estão recebendo fundos de emergência.


Além das populações que viviam da pesca e os habitantes do distrito de Bento Rodrigues, a tribo Krenak foi mais uma vítima. Segundo a reportagem especial publicada pelo G1: “Para eles, o Rio Doce é sagrado e tratado como um membro da tribo. As festas, os batizados, os rituais de purificação eram todos realizados às margens do rio. Um ano depois do desastre, o entorno do Doce nas terras dos indígenas ainda tem lama seca, eles evitam o local e dizem que o rio morreu – e com ele parte da cultura krenak.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Mulheres da Central

Violência doméstica, machismo, misoginia e preconceito, luto, luta, resistência e muita mulheridade compõem as narrativas dessas Mulheres da Central, exposição que acontece desde o dia 1 de setembro no Centro Cultural da UNISUAM, em Bonsucesso.

Fruto do projeto "Me Alugo Para Ouvir Histórias", realizado pelo jornalista Vinicius Silva e o designer Guga Ribeiro, ambos do Instituto Masan, reuniu relatos de histórias vividas por 18 mulheres revelando os desafios impostos pelo gênero em nossa sociedade e suas consequências em suas vidas.







Corre lá para ver que ainda dá tempo!






terça-feira, 4 de outubro de 2016

Midiativismo e a descentralização da comunicação nas Jornadas de Junho



Os anos de 2013 e 14 foram marcados por massivos, violentos e históricos conflitos que aconteceram, simultaneamente, em várias capitais, atingindo proporções nacionais, entre manifestantes insatisfeitos com o atual cenário político e econômico do país e o Estado que ficaram conhecidos como as JORNADAS DE JUNHO. 

Organizados a partir de redes sociais, tinham como principal característica a horizontalidade. Não haviam lideranças reconhecidas e qualquer tentativa de protagonismo era imediatamente reprimida. Bandeiras de partidos eram destruídas e pessoas que trouxessem seus símbolos em acessórios ou vestimentas eram pressionadas a tira-los ou sair da manifestação.

Espontaneamente, em resposta à desproporcional violência policial, coletivos se formaram e passaram agir em conjunto para garantir o direito de manifestação dos cidadãos, resistindo às ações coercitivas e repressoras do governo. Advogados se reuniam às centenas em diversos grupos como o Habeas Corpus, o CDH e o IDDH junto com os socorristas, black blocs, anônimos e os midialivristas ou midiativistas.

Tudo era orgânico, cada um ocupava uma posição e tinha uma função. Os participantes de cada coletivo se comunicavam entre si e entre os demais grupos através de aplicativos de chat, páginas e grupos nas redes sociais e celulares. 

Aos Black Blocs cabia à defesa, colocando-se na linha de frente, prontos a reagirem a qualquer ameaça física aos manifestantes. Os advogados cuidavam da defesa jurídica dos que fossem detidos ou vítimas de quaisquer arbitrariedades, sendo a ponte de comunicação com a polícia. Os socorristas cuidavam dos feridos, fossem eles manifestantes ou policiais, os anônimo, cyberativistas e hackers, atuavam no mundo digitial, e os midialivristas, a quem dedicarei mais atenção, tinham pelo menos, duas funções principais: ampliar as vozes das pessoas presentes nos atos e filmar as arbitrariedades cometidas pela polícia para serem usadas como provas para inocentar os inocentes detidos e denunciar quaisquer excessos ou crimes cometidos pela polícia.

Coletivos de mídia alternativa já existiam, mas nesse momento, ganharam mais expressão, força e proliferaram como nunca em nossa história. O Brasil vivia a sua Primavera Árabe e seu Occupy Wallstreet. Os protagonistas desse movimento foram o pessoal da MÍDIA NINJA (As Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) que começou transmitindo shows de festivais de música alternativa ao vivo, via twitcam, e acabou levando as suas transmissões para as manifestações sendo seus transmissores conhecidos como ninjas.

Reuniões eram feitas em espaços como a ECO, escola de comunicação da UFRJ, cedida pela professora Ivana Bentes, onde se discutiam estratégias de ação, utilização de plataformas, formas de capacitar mais midialivristas, políticas públicas, a geração de contra informação e relação nada amistosa com os veículos da mídia hegemônica corporativa. Centenas de pessoas lotavam as salas, aglomerando-se dentro e fora. A Midia Ninja popularizava, organizava e potencializava os jornalistas cidadãos, mostrando que a produção de informação estava ao alcance de todos. 

Novos grupos se formavam e transmissores independentes surgiam à medida que as manifestações iam se fortalecendo e crescendo. Entre eles, um dos que tiveram grande destaque foi o Coletivo Carranca formado por dissidentes da mídia ninja, o Mídia Independente Coletiva e o Coletivo Mariachi, famoso pela força de resistência e pelas vinhetas bem humoradas em seus vídeos. O cineasta e midiativista Rodrigo Modenesi, o MorreDiabo eu, o MidalexRj, como o Carranca, dissidente da Mídia Ninja e a carismática Drica Mídia que fez a transmissão mais longa das Jornadas de Junho, permanecendo no ar por mais de vinte e quatro horas em um dos momentos mais dramáticos das ruas que foi a prisão dos 72, são alguns dos transmissores independentes que atuaram como parte da voz coletiva.


Além das transmissões ao vivo, fotógrafos e cinegrafistas registravam os acontecimentos de todos os ângulos possíveis. O jornal A Nova Democracia, o AND, ficou famoso com sua icônica vinheta de encerramentos dos seus vídeos com o off de uma pessoa dizendo: "Isso vai tá no YouTube pr geral acessar e postar no Face, postar no Twitter, pra espalhar mesmo, pra espalhar...".

O fácil acesso à produção de informação jornalística possibilitou a geração de contra informação que se opunha às narrativas midiáticas dos grandes veículos questionando sua versão dos fatos, muitas vezes, evidenciando notórias tentativas de manipulação comprometendo suas idoneidade e credibilidade perante seu público. Mesmo que insuficientes para derrubar esses gigantes, suas ações tiverem efeito que se mostrou na alteração de suas narrativas em certos momentos.

Uma nova forma de comunicação sem qualquer compromisso com linhas editoriais e protocolos profissionais com uma nova estética se construiu a partir dessas parcialidades múltiplas das transmissões ao vivo e nos demais audiovisuais. Segundo Walter Bejnamim, para cada nova estética, uma nova ética que se encontra em construção. 




domingo, 4 de setembro de 2016

Aluno de Jornalismo cria o primeiro site de cobertura dos jogos paralímpicos

No ar há pouco mais de um ano, o Noticiário Paralímpico ganhou destaque por ser o único veículo especializado na cobertura dos jogos paralímpicos. O portal foi criado pelo aluno Nataniel Souza em conjunto com Nathalia Moura e Viviane Guimarães para a disciplina Projeto Experimental do curso de jornalismo da UNISUAM. O empenho e dedicação do grupo de alunos foi corado com o sucesso do projeto pela sua originalidade e pioneirismo que atenderam as necessidades de um evento conhecido, mas ainda não popular, exaltando seus atletas, reconhecendo seus esforços e seu valor.

Toda estrutura do site foi pensada para ter acessibilidade, permitindo aos deficientes visuais navegar por seu conteúdo sem problemas. O portal traz informações históricas sobre as paralimpíadas, entrevistas, reportagens e curiosidades oferecendo ao internauta todas as informações mais importantes sobre o tema. Além de ser feito para os atletas paralímpicos, é também feito POR ELES.

Através de uma vaquinha virtual, a equipe conseguiu recursos para cobrir o evento.

Conheça o Noticiário Paralímpico, colabore e participe dessa iniciativa tão importante, acessando o link:

http://noticiarioparalimpico.com.br/